sexta-feira, 1 de junho de 2012

Terceira Via X Neoliberalismo

Para Giddens, a "terceira via" difere da social democracia e do neoliberalismo. Politicamente, "a "terceira via" representa um movimento de modernização do centro. Embora aceite o valor socialista básico da justiça social, ela rejeita a política de classe, buscando uma base de apoio que perpasse as classes da sociedade".[2] Em economia, a "terceira via" prega uma nova economia "mista", pautando-se no "equilíbrio" entre a regulamentação e a desregulamentação e entre os aspectos econômico e não-econômico na vida da sociedade. Ela deve "preservar a competição econômica", quando ela é ameaçada pelo monopólio. Deve também "controlar os monopólios nacionais" e "criar e sustentar as bases institucionais dos mercados
Segundo o entendimento de Tony Blair, "a terceira via é rota para a renovação e o êxito da moderna social-democracia. Não se trata simplesmente de um compromisso entre a esquerda e a direita. Trata-se de recuperar os valores essenciais do centro-esquerda e aplicá-los a um mundo de mudanças sociais e econômicas fundamentais, e de fazê-los livres de ideologias antiquadas. (...) Na economia, nossa abordagem não elege nem o laissez-faire nem a interferência estatal. O papel do governo é de promover a estabilidade macroeconômica, desenvolver políticas impositivas e de bem-estar.
fonte:http://br.monografias.com/trabalhos915/terceira-via-alternativa/terceira-via-alternativa2.shtml

Nazismo

Após a Primeira Grande Guerra, a Alemanha passou por uma crise. Além da derrota, os alemães tiveram que pagar uma dívida de guerra aos ingleses e franceses e a crise de 29 prejudicou ainda mais a situação, levando milhares de alemães ao desemprego e ao desespero. Tudo isso contribuiu para fortalecer ainda mais os movimentos radicais, sobretudo o nazismo.

O sentimento de vingança crescia cada vez mais entre os alemães. O partido nazista, chefiado por Adolf Hitler, ganhava muitos votos. Eles acusavam comunistas, liberais e judeus da desordem e prometiam restaurar o orgulho de ser alemão. Os nazistas diziam que os alemães pertenciam a uma raça superior (ariana).

Em um país que vivia na miséria, os nazistas ofereciam a chance de melhora e a esperança de um país melhor. Formavam grupos de jovens que iam às ruas perseguir seus inimigos. As propagandas enganosas ajudaram Hitler a ser transformado no “Salvador da Alemanha”.

Hitler nasceu na Áustria em abril de 1889 e se alistou no exército alemão aos 25 anos de idade. Em 1919, ingressou no Partido Operário Alemão (grupo de direita) do qual foi presidente, mais tarde este partido foi rebatizado com o nome de Partido Operário Nacional-Socialista Alemão.

Em 1921, criou suas próprias forças de ataque – as SA (Sturmabteilung).

O enfraquecimento dos demais partidos políticos e um golpe de estado contribuíram muito para que os nazistas tomassem o poder.

Porém, antes de consegui-lo, Hitler havia tentado um outro golpe de estado em 1923, isso o levou para a prisão, onde escreveu “Mein Kampf” (Minha Luta), obra em que registrou suas idéias a respeito das raças do mundo.

Quando saiu da prisão, reorganizou o partido e criou uma espécie de polícia militar – a SS (Schutzstaffel).

Com todos os problemas que a Alemanha passava (inflação, desemprego), o partido nazista ganhava adeptos e votos devido a uma propaganda política competente.

Em 1923, empresas capitalistas passaram a apoiá-lo financeiramente.

O presidente Hindenburg encarregou o chefe do Partido Nacional Popular de formar o governo, e este pediu apoio aos nazistas. Hitler concordou com uma condição: queria o posto de chanceler (chefia do governo). Cargo que conseguiu em janeiro de 1933.

Dotado de poder, mandou incendiar o edifício do Reichstag (Parlamento) para jogar a culpa nos comunistas, extinguiu os partidos políticos (menos o nazista) e os sindicatos por 3 anos, diminuiu os direitos dos estados em favor do poder central e tomou medidas anti-semitas.

Todos os opositores de Hitler foram assassinados e um desses massacres ficou conhecido como “Noite dos Longos Punhais”, em junho de 1934. Para tanto, utilizou a violência da SS. No mesmo ano, com a morte de Hindenburg, Hitler assumiu a presidência e as Forças Armadas deveriam prestar-lhe juramento de fidelidade.

Muitos opositores (juntamente com comunistas e judeus) foram levados para os campos de concentração.

O partido nazista controlava a população e esse controle era feito pelo Ministro Joseph Goebbels que fiscalizava a imprensa, a literatura, o cinema e o rádio (principal instrumento de comunicação das massas).

Já no final da Segunda Guerra quando as tropas aliadas entraram na capital alemã, Hitler (que estava em seu esconderijo) cometeu suicídio.

Racismo, totalitarismo e nacionalismo foram alguns ideais seguidos pelos nazistas. O nazismo levou milhares de pessoas (judeus, homossexuais, ciganos) à morte. Muitos, inclusive, foram usados em terríveis experiências médicas.

Até hoje, a humanidade lembra, relembra e sofre ao recordar este lamentável episódio da nossa história universal, que ficou conhecido como Holocausto.

fonte: http://www.infoescola.com/historia/nazismo/

Facismo

Introdução

Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo.

Este sistema terminou com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Principais características e idéias do fascismo:

- Totalitarismo: o sistema fascista era antidemocrático e concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade.

- Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na idéia de que só o que é do país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das outras, que são consideradas inferiores.

- Militarismo: altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra. Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.

- Culto à força física: Nos países fascistas, desde jovens os jovens eram treinados e preparados fisicamente para uma possível guerra. O objetivo do estado fascista era preparar soldados fortes e saudáveis.

- Censura: Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos. Nenhuma notícia ou idéia, contrária ao sistema, poderia ser veiculadas em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados a morte.

- Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema, revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de Hitler eram constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão. Desfiles militares eram realizados para mostrar o poder bélico do governo.

- Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas perseguiram, enviaram para campos de concentração e mataram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e até mesmo deficientes físicos.

- Anti-socialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista. Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.

Curiosidade:

- Embora Itália e Alemanha tenham sido os exemplos mais nítidos de funcionamento do sistema fascista, em Portugal (governo de Salazar) e Espanha (governo de Francisco Franco), neste período, características fascistas se fizeram presentes.

O fascismo na atualidade:

Embora tenha entrado em crise após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos da ideologia fascista ainda estão presentes em alguns grupos e partidos políticos. Na Europa, por exemplo, existem partidos políticos que defendem plataformas baseadas na xenofobia (aversão a estrangeiros).


fonte: Revista Nova escola

MERCOSUL X ALCA

ALCA

A área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é uma proposta de integração comercial de todos os países das Américas, com exceção de Cuba. A criação da ALCA foi proposta, em 1990, pelo ex-presidente dos Estados Unidos George Bush, pai do atual presidente dos EUA.

NAFTA

É uma área de livre comércio entre os Estados Unidos, o Canadá e o México. O objetivo se restringe a reduzir tarifas entre esses países. Não há proposta de integração política e econômica.

MERCOSUL

Propõe-se a ser um mercado comum entre o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Significa que as tarifas de comércio entre os países ficam cercadas e pessoas, bens e serviços cruzarão as fronteiras sem qualquer impedimento. Atualmente, o bloco é uma união aduaneira incompleta. Uma das partes das tarifas já foi reduzida e se busca um acordo para definir uma Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os setores. Bolívia e Chile são membros associados

ALCA

Os participantes

Incluirá 34 países das Américas: Antigua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dominica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Saint Kitts e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela

O que propõe?

Os países-membros da ALCA terão, entre si, preferências tarifárias. O objetivo é que as tarifas para o comércio sejam reduzidas até que fiquem zeradas, facilitando o fluxo de bens e serviços na região, principalmente entre os países integrantes do NAFTA (EUA, México e Canadá) e do MERCOSUL (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Cronograma

A data de criação da ALCA não está certa. Existe uma carta de intenções - lançada em 1994 e confirmada em 1998 - entre as principais economias da região para que se discuta a criação da ALCA até 2005.

A posição dos EUA

Os EUA defendem a antecipação da ALCA, com início a partir de 2003. O acesso facilitado a grandes mercados consumidores, como o Brasil, e o fortalecimento desua influência política e comercial nas Américas são os principais interesses.

Para realizar as negociações mais rapidamente, Bush precisa do fast track - é uma autorização do Parlamento para que o presidente feche acordos internacionais de comércio sem precisar da posterior confirmação do Senado. Outros países temem fechar acordo com os EUA e, na hora da ratificação, o Senado modifique os termos.

A posição do Brasil

O Brasil prioriza o fortalecimento do MERCOSUL. A partir dele, em tese, estaria em melhores condições de negociar outros acordos. O governo teme a criação apressada da ALCA: insiste em que a data não é o mais importante, mas a substância do acordo. Substância, no caso, são basicamente três temas: subsídios (especialmente na agricultura), leis antidumping e regras de origem das mercadorias. Há também o temor de que muitos setores da economia brasileira não estão preparados para concorrer com tarifas de importação zeradas. Além disso, o Brasil busca outras formas de integração, como uma eventual área de livre comércio entre MERCOSUL e União Européia, que possam existir simultaneamente para que não fique vulnerável à economia dos EUA.

Os grupos de trabalho

Atualmente existem 12 grupos de trabalho, que são assistidos por uma comissão tripartite, formada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pela Comissão das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). São eles: grupos de acesso a mercados, procedimentos alfandegários e normas de origem, investimentos, normas e barreiras técnicas ao comércio, medidas sanitárias e fitossanitárias, economias menores, compras governamentais, direitos de propriedade intelectual, serviços de controvérsias e subsídios, antidumping e direitos compensatórios.

MERCOSUL - Quatro Pilares

Há mais de sete anos que o MERCOSUL vem atravessando uma profunda crise. Enquanto a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é uma proposta clara de zona de livre comércio impulsionada pelos EUA, o MERCOSUL perdeu o rumo como projeto de integração política, econômica e cultural para toda a América do Sul, tal como formulado pelo Brasil e pela Argentina. Um projeto integrador tem como objetivo a criação de um novo espaço geopolítico, que não é uma mera soma das partes para a conformação de um mercado ampliado.

Se esse fosse o projeto (ao que poderíamos chamar MERCOSUL mínimo), a ALCA seria uma proposta mais abrangente e a decisão adotada (negociar com o MERCOSUL nossa participação na ALCA) não passaria de um feito simbólico que a força dos acontecimentos arrasaria como a um castelo de areia. Distinto será se, efetivamente, encararmos o MERCOSUL como um problema de identidade e construirmos os eixos de nossa integração e as instituições que a representem.

Esse MERCOSUL: a união de nações que brindam sua identidade histórica a um novo projeto de nação ampliada onde brancos, negros, mestiços, índios, patagônicos e amazônicos, portenhos e paulistas, nordestinos e andinos, atlânticos e pacíficos pactuem construir a quarta região do planeta depois da União Européia, NAFTA e Japão para proporcionar bem-estar a nossos cidadãos e nos permitir sentar à "mesa pequena" da negociação universal. É possível realizá-lo? Sim. Para isso proponho quatro eixos temáticos elementares:
Questão nuclear - Em 1985, os ex-presidentes Alfonsín e Sarney estabeleceram as bases para a integração ao abrir os programas nucleares que a Argentina e o Brasil haviam constituído desde o início da década de 50. Ambos os programas expressavam a rivalidade entre nossos países e a "procura da bomba" como mostra de superioridade estratégica para um eventual enfrentamento bélico. A continuidade desse enfoque seria equivalente à atual situação entre Índia e Paquistão, com seu enorme custo humano e econômico e seu permanente risco de desestabilização e desenlace bélico.

Faz oito anos que funciona nossa única instituição supranacional, a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), com sede no Rio de Janeiro, que garante a utilização de energia nuclear com fins exclusivamente pacíficos. (Ao serem Argentina e Brasil os únicos países com programas nucleares na região, a garantia se estende a toda a América do Sul.) Deveríamos "mercosulizar" esse eixo, colocando a ABACC sob a dependência direta do Conselho MERCOSUL com um programa de geração de energia, utilizações médicas, etc. e uma presença conjunta nos foros internacionais que tratam desses assuntos.

Programa alimentício MERCOSUL - Os países integrantes do MERCOSUL representam em conjunto e de forma ponderada os segundos produtores e exportadores das dez "commodities alimentícias" do mundo. A criação de uma agência comum deveria ter dois, propósitos: para dentro do MERCOSUL, um programa de erradicação da fome que deveria alcançar esse objetivo num prazo não superior a cinco anos; e para fora, uma forte participação no debate sobre o protecionismo agrícola, preços, auxílio aos países mais pobres, etc. Nossa triste participação atual - atrás da Austrália , no Grupo de Cairns é a expressão de uma atitude retórica que pouco tem a ver com nossas verdadeiras possibilidades de exercer pressão quando o fazemos de forma conjunta e eficiente.

A Problemática do meio ambiente - A Amazônia, a Patagônia, a projeção Pacífica, Atlântica e Antártica de nossos países representam quase 40% da biodiversidade planetária. Essa dimensão tem também uma faceta interna e outra externa. Na interna, o desenvolvimento de uma proposta ambiental, científico-produtiva e turística que poderíamos sintetizar no eixo Amazônia-Patagônia. Uma agência comum que desenvolvesse um código ambiental único, a planificação turística, a pesquisa científica e a preservação das espécies deveria ser um fenomenal gerador de investimentos, empregos, etc.. Na externa, deveríamos nos colocar na vanguarda num assunto que está no topo da Agenda Planetária em face da brutal agressão cotidiana que nos apresenta a extinção da vida na Terra, não em termos de ficção científica, senão como uma grave questão a curto prazo.

A luta política e militar contra o narcotráfico - A América do Sul é a maior produtora e repartidora de cocaína e maconha do mundo. O atual MERCOSUL (sem os países andinos) é considerado uma "zona de trânsito" por contraposição aos mercados de destino como os EUA e a Europa. Essa caracterização é equivocada e perigosa. No Brasil e na Argentina, o consumo de cocaína e maconha se multiplicou por cinco na última década. Só em duas cidades - Buenos Aires e São Paulo - moram 30 milhões de habitantes. A metodologia que nos considera "zona de transito" é quase a mesma que dizer "quanto mais consumam os latinos, melhor, porque assim chega menos aos EUA e à Europa".

Enquanto tal inocente estupidez passeia de elefante debaixo de nossos narizes, o fator corruptor dos enormes capitais envolvidos em tal tráfico está fazendo seu trabalho por dentro de nossas forças de segurança e partidos políticos, com conseqüências devastadoras num futuro próximo. Do meu ponto de vista, é imprescindível deixar de olhar o outro lado frente a esse flagelo e encarar com decisão o debate com nossos países irmãos do sistema andino para enfrentar uma batalha frontal - política e militar - que não dependa da intervenção militar extrazona nem de mendicantes cooperações que usualmente são desviadas para o sistema de clientelismo político.

Essa batalha - a mãe de todas -, enfrentá-la e vencê-la, representará não só a preservação de nossas futuras gerações, mas também a maioridade política para nos sentarmos como acionistas principais dos grandes temas universais. Um MERCOSUL consolidado institucionalmente, com vocação para construir uma grande nação sul-americana, que tenha derrotado a fome e o narcotráfico, controlado o risco nuclear e que administre o meio ambiente que Deus pôs à sua disposição para o bem de sua gente e de toda a humanidade, será um ator central desse mundo multipolar, mais justo e responsável que todos queremos contribuir a edificar neste milênio que está começando.

O MERCOSUL pequeno, perfurado pelos conflitos entre lobbies setoriais, sem instituições permanentes nem uma épica moral ou objetivos macroeconômicos e políticos, se dissolverá sem choro nem vela, engrossando a longa lista de nossos fracassos históricos. Voto pelo MERCOSUL máximo, ambicioso, criativo, com ritmo de samba, cumbia e tango, disposto a apostar pesado e resolver os enormes problemas pendentes tal como nos reclama a cidadania em cada um de nossos países.

Secretário de Relações Econômicas Internacionais e Cooperação da Província de Buenos Aires, ex-embaixador argentino junto à Comunidade Européia, Brasil e Estados Unidos.
fonte: Henrique Rattner (pós doutor em Planejamento Urbano e Regional _ MIT/EUA). site do São Paulo faz Escola

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira

Situada no Rio Paraná, a UHE Ilha Solteira, a maior da CESP- com 3.230.000 KW de potência final, compôs com a UHE Engº Souza Dias, o Canal de Pereira Barreto e a UHE Três Irmãos, um dos maiores complexos hidroelétricos do mundo: 5.451.500 KW de capacidade instalada final.

Usina Hidroelétrica de Ilha Solteira

Vista da barragem da UHE de Ilha Solteira
Nome oficial Usina Hidroelétrica Itaipu Binacional
Rio Paraná
Localização Ilha Solteira Brasil

Coordenadas 20° 22′ S 51° 21′ W
Informações Técnicas
Capacidade de geração 3.444 MW
Unidades geradoras 20
Barragem
Altura 76 m
Comprimento 5,605 m
Reservatório
Área alagada 1.195 km²
Construção
Início da construção 1967
Término da construção 1978
Operação e distribuição

A Usina Hidrelétrica Ilha Solteira é a maior usina hidrelétrica da CESP e do Estado de São Paulo e a terceira maior usina do Brasil. Está localizada no rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS) (localização).

Em conjunto com a Usina hidrelétrica Engenheiro Sousa Dias (Jupiá), compõe o sexto maior complexo hidrelétrico do mundo.

Sua potência instalada é de 3.444,0 MW e tem 20 unidades geradoras com turbinas tipo Francis.

Iniciado pelo governador Adhemar de Barros em 1965, a usina foi concluída em 1978.

É uma usina com alto desempenho operacional que, além da produção de energia elétrica, é de fundamental importância para o controle da tensão e freqüência do Sistema Interligado Nacional.

Sua barragem tem 5.605 m de comprimento e seu reservatório tem 1.195 km² de extensão.

O Canal Pereira Barreto, com 9.600 m de comprimento, interliga os reservatórios da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira e da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, propiciando a operação energética integrada dos dois aproveitamentos hidrelétricos.

Em março de 2000, seu processo de geração de energia elétrica foi certificado pelo Bureau Veritas Quality Internacional, baseado na NBR ISO 9002:1994

O vertedouro da usina Ilha Solteira contém 19 vãos e uma descarga total de 38.300.00 m³/s. As águas do rio Tietê, afluente do rio Paraná, desembocam a montante de Jupiá e a jusante da usina de Ilha Solteira, respectivamente. Existe, porém, um desvio para que parte da vazão destes rios possa ser desviada entre os reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos com a finalidade de se promover melhor desempenho energético e controle de afluências nos aproveitamentos.

Pelos trabalhos de alto nível na preservação, reprodução e criação em cativeiros de espécies como o jacaré-de-papo amarelo, arara canindé, tamanduá-bandeira, bugio vermelho, cervo-do-pantanal, lobo-guará, jaguatirica e cachorro-do-mato-vinagre. Possui um parque zoológico com 65 diferentes espécies em uma área de 18 hectares, onde os animais são mantidos em ambientes semelhantes a seus habitats naturais.

O Ministério dos Transportes liberou a construção de uma eclusa no rio Paraná para transpor a barragem de Ilha Solteira na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul. A obra vai tornar navegável todo trajeto da hidrovia Paraná que hoje, depende da hidrovia Tietê para chegar ao tremo sul.

A eclusa em Ilha Solteira vai permitir que a hidrovia Paraná seja padronizada, pois a largura de suas eclusas são maiores que da hidrovia Tietê e o Porto de Santos já está congestionado, sendo necessário que se utilize cada vez mais o Porto Paranaguá. Com a eclusa em Ilha Solteira, a hidrovia Paraná fica com navegação padronizada em cerca de 2 mil quilômetros.

*Eclusa:Uma eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que permite que barcos subam ou desçam os rios ou mares em locais onde há desníveis (barragem, quedas).

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Ilha_Solteira

Hidrovia: Tietê - Paraná

O Rio Tietê que corta a cidade de São Paulo parece não ser o mesmo quando chega ao interior. Lá, poluído e estéril; aqui mostra-se de extrema beleza e vivacidade, servindo tanto para pesca, lazer e sobrevivência , como para esporte e transporte. Sua largura é espantosa e o volume de suas águas é enorme.

Banhando uma extensão aproximada de 800Km2, abriga paisagens e outros recursos energéticos que contribuem para os pólos industriais do país e o desenvolvimento do turismo, do lazer e da cultura.

Ao longo do rio, há 220 municípios, com aproximadamente 4 milhões de habitantes. Foram construídas 6 barragens ao longo de seu percurso, facilitando a locomoção de embarcações através das eclusas, que também geram 25 milhões de Kw de energia elétrica. Em todo seu percurso podem-se identificar 18 pólos regionais turísticos com infra-estrutura de qualidade.


Principais Terminais de Montante da Hidrovia
As cargas do Rio Paraná serão grãos transportados principalmente no sentido norte-sul, visando atender às necessidades do Estado dp Paraná, além da carga geral (Mercosul) e madeira para abastecer as fábricas de papel e celulose, como a Champion, que estará operando em Mato Grosso do Sul, região que tem condições de receber mais duas indústrias deste porte.

A Hidrovia Tietê-Paraná em São Paulo irá dispor de três conjuntos de entroncamentos multimodais de importância: Pederneiras/Jaú, Conchas/Anhembi e Santa Maria da Serra/Artemis (Piracicaba), o primeiro e o último conectados à ferrovia que se destina à cidade de São Paulo e ao Porto Exportador de Santos.

O transporte ferroviário e hidroviário, no Brasil, não são considerados de tanta importância como o rodoviário, diferenciando-se assim da Europa. Isto se deve a políticas adotadas no passado que não se preocupavam com o consumo de combustível. Hoje, a situação é outra, embora ainda haja falta de integração da hidrovia e ferrovia.

Ao longo do Rio Paraná, a hidrovia terá conexão ferroviária em Santa Fé do Sul/Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Presidente Epitácio, Panorama, Rosana, além de Cianorte, Guaíra e Foz do Iguaçu no Estado do Paraná.
Ferrovias na área Hidroviária

Apesar disso, a luta pela criação da Hidrovia no Brasil vem acontecendo há tempos, isto é, a partir da década de 40, baseada no projeto do engenheiro Catullo Branco. Também a CESP, que, por delegação do Governo do Estado, é a administradora da Hidrovia, desde sua implantação (1966) está intimamente ligada ao seu desenvolvimento e sucesso, com uma área de influência que engloba o complexo hidroviário Tietê-Paraná-Paraguai-Uruguai, com cerca de 3 milhões de Km, praticamente 4 vezes o território da França. A meta era atingir 2.400 Km navegáveis e transportar uma média anual de 10 milhões de toneladas de produtos agroindustriais até 1995.

O maior impulso veio em 1977, quando a CESP implantou a "Hidrovia do Álcool". Os recursos do projeto foram aumentando até chegarem nos 1.040 Km navegáveis, iniciando no reservatório de Barra Bonita (SP) e atingindo a cidade de São Simão (GO). Há toda uma infra-estrutura aliada a novos investimentos procurando dar apoio ao turismo fluvial, abrindo um leque de opções internacionais como compras no Paraguai e Argentina.

Os números da Hidrovia encerram previsões generosas depois de transportar em 92 mais de 2 milhões de toneladas de grãos, álcool, cana-de-açúcar, calcário e outros produtos. com uma área de influência de 76 milhões de hectares e a expectativa de gerar 50 e 60 mil novos empregos. Projeta-se para o ano 2010 o início do Processo de saturação da Hidrovia Tietê, ou 20 milhões de toneladas transportadas, sendo quase 25% deste total representado por carga regional ou de menor percurso, como cana-de-açucar e materiais de contrução, principalmente areia e cascalho.
Usina de Açúcar e Álcool que já se utiliza do transporte fluvial
Foto: Acervo Biblioteca Municipal

A grandeza do projeto aumenta com a intenção da ligação com o Tramo Sul hidrovia, que tem 1.380 Km navegáveis através do Rio Paraná, o que tornará possível o escoamento de cargas até outros países do Mercosul e vice-versa, considerando que os rios Tietê e Paraná são as principais portas para o Mercosul e a CESP tem contribuído para isso, agilizando o término de eclusas e desenvolvendo programas junto ao empresariado no sentido de mostrar as oportunidades que a "Hidrovia do Mercosul" propiciará nos ramos do turismo e da indústria e comércio. Isto colocará em estreito relacionamento as regiões do interior de São Paulo, do Paraguai e Argentina. Também há interesse do Paraguai em utilizar o transporte fluvial para transportar mercadorias via Santos. Para atender a essa demanda, serão interligadas as unidades alfandegárias nos terminais de Pederneiras e Conchas, no Rio Tietê, onde as mercadorias paraguaias serão transbordadas para os trens da Fepasa ou vice-versa.



Vista aérea Porto Intermodal e Comercial Quintela
Fotos: Acervo Biblioteca Municipal A intenção do governo paulista é obter da iniciativa privada o maior interesse pela hidrovia e fazer dela parceira nos investimentos. Vêm acontecendo contatos com o BNDES e uma das medidas que podem ser aprovadas é a concessão de financiamentos com juros, subsidiados como forma de incentivo. Um exemplo de parceria em Pederneiras é o Terminal Intermodal. Com o acesso ferroviário feito pela Fepasa, o cais desenvolvido pela CESP e os mecanismos de transbordo da Comercial Quintella, o Terminal tem capacidade nos seus 5,5 alqueires de área instalada para um transbordo anual de 1,2 milhão de tonelada de soja, farelo e milho. E tem ainda 2 silos com capacidade de 4,6 mil toneladas cada e um armazém que comporta até 5.000 toneladas de grãos.
fonte:
http://www.pederneiras.sp.gov.br/tiete/index.html