segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Encontro Regional de Professores que trabalham no Objetivo

 

Aconteceu no último dia de agosto na UNIP de São José do Rio Preto o Encontro dos profissionais da Educação que atuam na Rede Objetivo.
Os professores do Objetivo de Nhandeara marcaram presença, e tiveram a opotrunidade de trocar experiências e discurem suas estratégias pedagógicas.
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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Qual a situação da Republica Democrática do Congo e os novos interesses presentes no continente africano?:

Em 23 de agosto de 2012 21:43, vitor siani montoro escreveu: Qual a situação da Republica Democrática do Congo e os novos interesses presentes no continente africano?: Desde setembro de 2007, conflitos se renovaram em Kivu Norte, na República Democrática do Congo, causando deslocamento maciço na região. Foto: Sven Torfinn/Médicos Sem Fronteiras (MSF). Apesar da globalização pregar o progresso da civilização através da livre circulação comercial em escala planetária, o amplo continente africano é sistematicamente excluído e explorado. Na República Democrática do Congo (RDC) a situação é sub-humana, a miséria atinge milhares de pessoas não só através de guerras, mas também com doenças, água contaminada, violações, dentre outros fatores que representam um cenário de calamidade humanitária. Leia nesta reportagem especial de Eduardo Sá e Gustavo Barreto, para o Fazendo Media. As pressões e conflitos foram se acentuando. Em 1994 ocorre o genocídio em Ruanda, levando milhões de hutus (uma das etnias da região, rival da maioria tutsi congolesa) para o país, de modo a agravar a crise. Em 1997 Laurent Kabila, sucedendo um governo provisório, greves e rebeliões, derruba de vez o regime de Mobuto. Mas é morto por seu guarda-costas em 2001, sendo substituído por seu filho, Joseph Kabila, então presidente. A família representava os interesses nacionalistas, afinados ao patriarca Lumumba. Todo esse contexto político se desenrola envolto a interesses econômicos. A República Democrática do Congo é repleta de diamantes, seus vastos e ricos recursos minerais são espoliados sistematicamente. O país possui petróleo, enquanto a população local sofre na miséria, refém dos conflitos. Por conta da escassez de rodovias e ferrovias, sem ter para onde ir, a população está dispersa de maneira sub-humana pelos lugarejos e florestas país afora. A situação hoje. O leste congolês é o mais afetado pelos conflitos. Estima-se que 250.000 civis encontram-se desprezados nas localidades de combate, que se estendem por diversas áreas do país. O quadro é emergencial, assolado de fome, água contaminada, falta de habitação, doenças tratáveis, deslocamentos coletivos, violações aos direitos (principalmente das mulheres e crianças) e muitas guerras (financiadas por estrangeiros), dentre outros fatores. Segundo o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – composto pelo balanço entre renda, longevidade e educação – de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a República Democrática do Congo (RDC) encontra-se no 176º lugar dentre as 182 nações pesquisadas. Vale destacar que, a partir do Haiti (149º lugar), quase todos os países são africanos, revelando o total abandono do continente pelos países ricos; fica evidente que a globalização não é benéfica mundialmente. Tem seus próprios critérios. Muitas pessoas se encontram inacessíveis, ações humanitárias são suspensas por falta de segurança, incessantemente ocorrem assassinatos de civis, violações aos direitos humanos, assaltos, extorsões, recrutamentos forçados, saques generalizados nas áreas de risco. Recentemente a BBC Brasil informou que “campos que abrigavam cerca de 50.000 deslocados no leste da RDC foram destruídos”. A cidade de Goma, ao leste do país, é o caso mais alarmante. No dia 2 de dezembro de 2008 o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) voltou a atuar na RDC devido à degradação no país. A ONU mantém 17.000 congoleses abrigados. No dia 21 de abril de 2009 a agência de informações da ACNUR noticiou que “com as últimas ondas de violência, o ACNUR estima em mais de 1,4 milhão o total de deslocados no leste da RDC”. A Missão da ONU no país, conhecida pela sigla MONUC, atua no país desde 30 de novembro de 1999, a partir da resolução 1279 do Conselho de Segurança, com o objetivo de acompanhar o o acordo de cessar-fogo em todo o país. Com o aumento da crise humanitária, diversas agências e fundos da Organização passaram a atuar.Além das mortes devido ao combate e dos problemas com o deslocamento populacional, o país sofre com epidemias de cólera, ebola e mortes por doenças de fácil prevenção e tratamento, como a malária e a diarréia, dentre outras. Conforme reportou o Fazendo Media, numa série sobre a República Democrática do Congo, cerca de 5 milhões de pessoas morreram desde o início oficial dos conflitos, em 1998, não só por causa da violência, mas também por doenças negligenciadas no país, como a malária e o sarampo. O país tem uma população de aproximadamente 62 milhões, em franco declínio por causa da crise humanitária. Outra doença que se alastra no país é a Aids, que assola todo o continente, segundo o relatório de 2009 feito pela UNAIDS: “A África Subsaariana continua a ser a região mais afetada, com 71% de todas as novas infecções”. Em 2008, afirmava que “mais de dois terços das pessoas vivendo com HIV moram na região subsaariana, onde também ocorrem mais de 75% dos óbitos associados ao HIV”. Uma das poucas organizações humanitárias que continua atuando nas áreas mais violentas, a Médicos Sem Fronteiras afirma que “a rotina diária das pessoas se tornam apenas a sobrevivência e a fuga da violência”. A organização divulgou no dia 22 de dezembro de 2008 seu relatório anual sobre As dez crises humanitárias mais negligenciadas, constando entre elas a República Democrática do Congo. O conflito atual Essa guerra pelo domínio político, militar e econômico na RDC se estende há 25 anos, tendo à frente as elites africanas patrocinadas por países desenvolvidos com interesses na região. Apesar de poucas multinacionais importantes instalarem-se no país, a principal fonte do desenvolvimento econômico do monopólio paraestatal do governo é o capital privado estrangeiro em busca das riquezas africanas, afirma Peter Erlinder, da Global Research, em artigo publicado no site Rebelion, no dia 11 de dezembro de 2008. Fato que reduz a influência do presidente, evidencia o subdesenvolvimento do país e consequentemente prejudica sua administração. Os conflitos são atribuídos muito mais às questões econômicas que ao genocídio de 1994 em Ruanda, propagado pela mídia, num processo que envolve os governos da RDC (Kabila), da Ruanda (Paul Kagame) e os rebeldes congoleses (Laurent Nkunda), sob influências externas do ocidente; os Estados Unidos e o Reino Unido com seus aliados são apontados na linha de frente. No final do de 2008 Laurent Nkunda foi preso, fazendo com que a milícia de etnia tutsi, Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), teoricamente perca parte de sua influência neste contexto. Peter Erlinder argumenta que “os meios de comunicação tendem a não tratar a maioria das ligações entre o sofrimento no Congo [RDC], Uganda e Ruanda (…) E quando informam sobre as razões da guerra no Congo, explicam que o general Nkunda declarou guerra para proteger a minoria tutsi, que a continuação da luta tem a ver com ‘o genocídio de Ruanda’ e que os ‘genocidas hutus’ devem ser expulsos da leste do Congo para proteger tanto os tutsis congoleses como o próprio território da Ruanda”. A questão da soberania nacional nunca é posta em debate pela imprensa, tanto menos os interesses econômicos no café, madeira, ouro, diamantes e minérios do país, por exemplo. O mercado internacional ignora que por trás de uma commodity lucrativa pode estar o trabalho infantil e a guerra civil. Claro que a mídia não é a origem do problema, nem sua única solução, mas é através dela que se irradia o olhar ocidental do processo, muitas vezes não contribuindo em nada para a paz na região. Não são abertos espaços para as vozes internas se manifestarem, não necesariamente seus representantes, portanto a imprensa reproduz o viés daqueles que não conseguem solucionar o problema há mais de duas décadas, ao invés de pressionar denunciando as mazelas sistêmicas. Também no Rebelion, o jornalista Juan Carrero Saralegui, em artigo no dia 20 de março de 2009, ao analisar a reportagem do escritor chileno Mario Vargas Llosa ao jornal espanhol El País, reforça a insuficiência e manipulação de informações sobre os poderosos interesses econômicos na região. Para ele um dos principais problemas é a imagem que a mídia internacional propaga de um “estado falido” na RDC, cujo seu exército representa um dos principais agressores no conflito. Com isso é estimulado uma solução ocidental ao problema e não são apresentadas as dificuldades enfrentadas por Kabila no controle das suas tropas, que são enormes. Os jornais “tampouco explicam que o salários dos militares são ridículos e os mesmos que impedem que o Congo cresça economicamente estão encantados com essa imagem internacional de algumas tropas congolesas que se dedicam à pilhagem”, complementa o artigo. A soberania nacional não está em pauta. Outro problema crescente é a atuação violenta do grupo rebelde Exército de Resistência do Senhor (LRA), acusado de realizar ataques cada vez mais mortais e raptar crianças para usar como soldados em suas fileiras. Segundo o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), os rebeldes assassinam uma média de 102 civis por mês na antiga província Oriental da RDC desde dezembro passado, média mais alta do que a dos últimos dois anos, que era de 64 assassinatos por mês. Pelo menos 302 pessoas, incluindo 125 crianças, também foram sequestradas entre dezembro de 2009 e março deste ano e um significativo número de civis foi mutilado durante os ataques do LRA contra aldeias. Segundo o OCHA, o LRA cresceu em direção à remota região nordeste da RDC nos últimos anos e começou a realizar incursões nessa área. Conhecido por ataques particularmente brutais contra civis e pelo uso de crianças sequestradas como soldados, carregadores e escravos sexuais, o LRA é acusado por inúmeras violações dos direitos humanos. A maioria de seus líderes mais antigos foi acusada pelo Tribunal Penal Internacional por vários crimes de guerra. A recente série de atentados na antiga província Oriental obrigou milhares de civis a fugirem de suas aldeias e complicou os esforços da ajuda humanitária para prestar socorro na região. “A maioria das crianças sequestradas pelo LRA desde 2008 conseguiu escapar e está recebendo suporte e assistência dos agentes humanitários. Apenas 30% dos milhões de dólares destinados ao financiamento de ajuda humanitária à República Democrática do Congo foi recebido até agora”, relatou o OCHA. Quem financia a desgraça subsaariana? Se o país vive uma crise humanitária, não tem condições nem para suprir as necessidades essenciais à população, de onde vem tanta arma para todas essas mortes? Em investigação realizada pela Anistia Internacional, “estas armas e munições entram no país procedentes do Sudão, China e outros lugares. A MONUC – força de manutenção da paz da ONU – não conta com nenhum procedimento para garantir a correta salvaguarda, distribuição, armazenamento e uso do material militar por parte de unidades determinadas das forças armadas da República Democrática do Congo”. E complementa que “o continente perde uma média de 18 milhões de dólares por ano como resultado dos conflitos armados”. O narcotráfico também influi nos negócios bélicos da região que, nessa conjuntura, se torna extremamente rentável, em contraste a toda pobreza e condições sub-humanas as quais o povo está submetido. Slavoj Zizek, filósofo esloveno, disse em artigo republicado na agência Carta Maior, em relação à exploração dos minérios e à indústria bélica, que “de acordo com essa investigação (da ONU em 2001), a exploração dos recursos naturais no Congo pelos senhores da guerra locais e por exércitos estrangeiros era ‘sistemática e sistêmica’. O exército de Ruanda fez no mínimo 250 milhões de dólares em 18 meses, vendendo coltan, que é usado para fazer celulares e laptops. A investigação concluiu que a guerra civil permanente e a desintegração do Congo ‘criaram uma situação em que todos os beligerantes ganham. O único a perder nesse negócio monumental é o povo congolês’. Por trás da fachada de uma guerra étnica, discernimos então os contornos do capitalismo global”. A indústria bélica prolifera, sobretudo a de armas de pequeno porte, irradia a morte segundo seus interesses, de maneira genocida, nas periferias das grandes potências. Crianças, vítimas dos conflitos Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aproximadamente 1,9 milhão de pessoas no país – metade crianças – continuam morando longe de suas casas após terem sido desalojadas em decorrência de conflitos armados. A ausência de fundos dificultaria a assistência aos desabrigados. Para alcançar as necessidades humanitárias dos que precisam de ajuda neste ano, o UNICEF requisitou 133 milhões de dólares, mas apenas pouco mais de 20 milhões de dólares foram recebidos até agora. Segundo o Fundo, uma campanha de vacinação alcançou mais de 400 mil pessoas, incluindo 85 mil crianças até cinco anos de idade e quase 43 mil mulheres grávidas na região leste da RDC, onde o conflito se iniciou há mais de uma década. Entretanto, a falta de fundos dificultou a imunização de mais 80 mil crianças até um ano de idade e de mais de 16 mil grávidas. De acordo com agências humanitárias da ONU, civis tem sido alvos frequentes de ataques, estupros e recrutamentos para grupos armados por parte de combatentes. Mulheres e crianças, as mais vulneráveis e atingidas pelas guerras Os que mais sofrem com todos esses conflitos são as mulheres e as crianças, aquelas violentadas sexualmente mediante as mais cruéis circunstâncias, dentre outras atrocidades a que estão subordinadas, e estas exploradas como mão-de-obra barata sem ter a menor noção do porquê de toda essa situação. A organização britânica Save the Children afirmou em reportagem da BBC Brasil que “houve um aumento acentuado no número de crianças sendo sequestradas para lutar ao lado dos rebeldes. Antes da atual onda de violência, havia cerca de 3 mil crianças-soldado no país”. A Human Rights Watch informou no dia 29 de abril de 2009 que “das 91 mulheres e meninas que se sabe terem sido vítimas de violência sexual nos últimos meses, pelo menos 56 relataram que eram estupradas pelos soldados governamentais. As vítimas muitas vezes tem sido acusadas de serem esposas dos combatentes da FDLR (Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda). As tropas do governo, indisciplinadas e não remuneradas, tem pilhado e queimado centenas de casas, detido arbitrariamente civis, desrespeitado culturas locais e saqueado os seus bens”. As condições das mulheres são ilustradas pelo relato de Eve Ensler, ativista e autora da peça Monólogos da Vagina – traduzida para mais de 45 línguas e exibida em teatros em todo o mundo – no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2007, registrado anteriormente também no Fazendo Media: “A situação não é mais do que um feminicídio e temos que a reconhecer e analisar tal como é. É um estado de emergência. As mulheres são violadas e assassinadas a toda a hora (…) No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais, dos meios de comunicação… a indiferença total do mundo perante tal extermínio”.

Qual a situação da Republica Democrática do Congo e os novos interesses presentes no continente africano?:

Em 23 de agosto de 2012 21:43, vitor siani montoro escreveu: Qual a situação da Republica Democrática do Congo e os novos interesses presentes no continente africano?: Desde setembro de 2007, conflitos se renovaram em Kivu Norte, na República Democrática do Congo, causando deslocamento maciço na região. Foto: Sven Torfinn/Médicos Sem Fronteiras (MSF). Apesar da globalização pregar o progresso da civilização através da livre circulação comercial em escala planetária, o amplo continente africano é sistematicamente excluído e explorado. Na República Democrática do Congo (RDC) a situação é sub-humana, a miséria atinge milhares de pessoas não só através de guerras, mas também com doenças, água contaminada, violações, dentre outros fatores que representam um cenário de calamidade humanitária. Leia nesta reportagem especial de Eduardo Sá e Gustavo Barreto, para o Fazendo Media. As pressões e conflitos foram se acentuando. Em 1994 ocorre o genocídio em Ruanda, levando milhões de hutus (uma das etnias da região, rival da maioria tutsi congolesa) para o país, de modo a agravar a crise. Em 1997 Laurent Kabila, sucedendo um governo provisório, greves e rebeliões, derruba de vez o regime de Mobuto. Mas é morto por seu guarda-costas em 2001, sendo substituído por seu filho, Joseph Kabila, então presidente. A família representava os interesses nacionalistas, afinados ao patriarca Lumumba. Todo esse contexto político se desenrola envolto a interesses econômicos. A República Democrática do Congo é repleta de diamantes, seus vastos e ricos recursos minerais são espoliados sistematicamente. O país possui petróleo, enquanto a população local sofre na miséria, refém dos conflitos. Por conta da escassez de rodovias e ferrovias, sem ter para onde ir, a população está dispersa de maneira sub-humana pelos lugarejos e florestas país afora. A situação hoje. O leste congolês é o mais afetado pelos conflitos. Estima-se que 250.000 civis encontram-se desprezados nas localidades de combate, que se estendem por diversas áreas do país. O quadro é emergencial, assolado de fome, água contaminada, falta de habitação, doenças tratáveis, deslocamentos coletivos, violações aos direitos (principalmente das mulheres e crianças) e muitas guerras (financiadas por estrangeiros), dentre outros fatores. Segundo o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – composto pelo balanço entre renda, longevidade e educação – de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a República Democrática do Congo (RDC) encontra-se no 176º lugar dentre as 182 nações pesquisadas. Vale destacar que, a partir do Haiti (149º lugar), quase todos os países são africanos, revelando o total abandono do continente pelos países ricos; fica evidente que a globalização não é benéfica mundialmente. Tem seus próprios critérios. Muitas pessoas se encontram inacessíveis, ações humanitárias são suspensas por falta de segurança, incessantemente ocorrem assassinatos de civis, violações aos direitos humanos, assaltos, extorsões, recrutamentos forçados, saques generalizados nas áreas de risco. Recentemente a BBC Brasil informou que “campos que abrigavam cerca de 50.000 deslocados no leste da RDC foram destruídos”. A cidade de Goma, ao leste do país, é o caso mais alarmante. No dia 2 de dezembro de 2008 o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) voltou a atuar na RDC devido à degradação no país. A ONU mantém 17.000 congoleses abrigados. No dia 21 de abril de 2009 a agência de informações da ACNUR noticiou que “com as últimas ondas de violência, o ACNUR estima em mais de 1,4 milhão o total de deslocados no leste da RDC”. A Missão da ONU no país, conhecida pela sigla MONUC, atua no país desde 30 de novembro de 1999, a partir da resolução 1279 do Conselho de Segurança, com o objetivo de acompanhar o o acordo de cessar-fogo em todo o país. Com o aumento da crise humanitária, diversas agências e fundos da Organização passaram a atuar.Além das mortes devido ao combate e dos problemas com o deslocamento populacional, o país sofre com epidemias de cólera, ebola e mortes por doenças de fácil prevenção e tratamento, como a malária e a diarréia, dentre outras. Conforme reportou o Fazendo Media, numa série sobre a República Democrática do Congo, cerca de 5 milhões de pessoas morreram desde o início oficial dos conflitos, em 1998, não só por causa da violência, mas também por doenças negligenciadas no país, como a malária e o sarampo. O país tem uma população de aproximadamente 62 milhões, em franco declínio por causa da crise humanitária. Outra doença que se alastra no país é a Aids, que assola todo o continente, segundo o relatório de 2009 feito pela UNAIDS: “A África Subsaariana continua a ser a região mais afetada, com 71% de todas as novas infecções”. Em 2008, afirmava que “mais de dois terços das pessoas vivendo com HIV moram na região subsaariana, onde também ocorrem mais de 75% dos óbitos associados ao HIV”. Uma das poucas organizações humanitárias que continua atuando nas áreas mais violentas, a Médicos Sem Fronteiras afirma que “a rotina diária das pessoas se tornam apenas a sobrevivência e a fuga da violência”. A organização divulgou no dia 22 de dezembro de 2008 seu relatório anual sobre As dez crises humanitárias mais negligenciadas, constando entre elas a República Democrática do Congo. O conflito atual Essa guerra pelo domínio político, militar e econômico na RDC se estende há 25 anos, tendo à frente as elites africanas patrocinadas por países desenvolvidos com interesses na região. Apesar de poucas multinacionais importantes instalarem-se no país, a principal fonte do desenvolvimento econômico do monopólio paraestatal do governo é o capital privado estrangeiro em busca das riquezas africanas, afirma Peter Erlinder, da Global Research, em artigo publicado no site Rebelion, no dia 11 de dezembro de 2008. Fato que reduz a influência do presidente, evidencia o subdesenvolvimento do país e consequentemente prejudica sua administração. Os conflitos são atribuídos muito mais às questões econômicas que ao genocídio de 1994 em Ruanda, propagado pela mídia, num processo que envolve os governos da RDC (Kabila), da Ruanda (Paul Kagame) e os rebeldes congoleses (Laurent Nkunda), sob influências externas do ocidente; os Estados Unidos e o Reino Unido com seus aliados são apontados na linha de frente. No final do de 2008 Laurent Nkunda foi preso, fazendo com que a milícia de etnia tutsi, Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), teoricamente perca parte de sua influência neste contexto. Peter Erlinder argumenta que “os meios de comunicação tendem a não tratar a maioria das ligações entre o sofrimento no Congo [RDC], Uganda e Ruanda (…) E quando informam sobre as razões da guerra no Congo, explicam que o general Nkunda declarou guerra para proteger a minoria tutsi, que a continuação da luta tem a ver com ‘o genocídio de Ruanda’ e que os ‘genocidas hutus’ devem ser expulsos da leste do Congo para proteger tanto os tutsis congoleses como o próprio território da Ruanda”. A questão da soberania nacional nunca é posta em debate pela imprensa, tanto menos os interesses econômicos no café, madeira, ouro, diamantes e minérios do país, por exemplo. O mercado internacional ignora que por trás de uma commodity lucrativa pode estar o trabalho infantil e a guerra civil. Claro que a mídia não é a origem do problema, nem sua única solução, mas é através dela que se irradia o olhar ocidental do processo, muitas vezes não contribuindo em nada para a paz na região. Não são abertos espaços para as vozes internas se manifestarem, não necesariamente seus representantes, portanto a imprensa reproduz o viés daqueles que não conseguem solucionar o problema há mais de duas décadas, ao invés de pressionar denunciando as mazelas sistêmicas. Também no Rebelion, o jornalista Juan Carrero Saralegui, em artigo no dia 20 de março de 2009, ao analisar a reportagem do escritor chileno Mario Vargas Llosa ao jornal espanhol El País, reforça a insuficiência e manipulação de informações sobre os poderosos interesses econômicos na região. Para ele um dos principais problemas é a imagem que a mídia internacional propaga de um “estado falido” na RDC, cujo seu exército representa um dos principais agressores no conflito. Com isso é estimulado uma solução ocidental ao problema e não são apresentadas as dificuldades enfrentadas por Kabila no controle das suas tropas, que são enormes. Os jornais “tampouco explicam que o salários dos militares são ridículos e os mesmos que impedem que o Congo cresça economicamente estão encantados com essa imagem internacional de algumas tropas congolesas que se dedicam à pilhagem”, complementa o artigo. A soberania nacional não está em pauta. Outro problema crescente é a atuação violenta do grupo rebelde Exército de Resistência do Senhor (LRA), acusado de realizar ataques cada vez mais mortais e raptar crianças para usar como soldados em suas fileiras. Segundo o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), os rebeldes assassinam uma média de 102 civis por mês na antiga província Oriental da RDC desde dezembro passado, média mais alta do que a dos últimos dois anos, que era de 64 assassinatos por mês. Pelo menos 302 pessoas, incluindo 125 crianças, também foram sequestradas entre dezembro de 2009 e março deste ano e um significativo número de civis foi mutilado durante os ataques do LRA contra aldeias. Segundo o OCHA, o LRA cresceu em direção à remota região nordeste da RDC nos últimos anos e começou a realizar incursões nessa área. Conhecido por ataques particularmente brutais contra civis e pelo uso de crianças sequestradas como soldados, carregadores e escravos sexuais, o LRA é acusado por inúmeras violações dos direitos humanos. A maioria de seus líderes mais antigos foi acusada pelo Tribunal Penal Internacional por vários crimes de guerra. A recente série de atentados na antiga província Oriental obrigou milhares de civis a fugirem de suas aldeias e complicou os esforços da ajuda humanitária para prestar socorro na região. “A maioria das crianças sequestradas pelo LRA desde 2008 conseguiu escapar e está recebendo suporte e assistência dos agentes humanitários. Apenas 30% dos milhões de dólares destinados ao financiamento de ajuda humanitária à República Democrática do Congo foi recebido até agora”, relatou o OCHA. Quem financia a desgraça subsaariana? Se o país vive uma crise humanitária, não tem condições nem para suprir as necessidades essenciais à população, de onde vem tanta arma para todas essas mortes? Em investigação realizada pela Anistia Internacional, “estas armas e munições entram no país procedentes do Sudão, China e outros lugares. A MONUC – força de manutenção da paz da ONU – não conta com nenhum procedimento para garantir a correta salvaguarda, distribuição, armazenamento e uso do material militar por parte de unidades determinadas das forças armadas da República Democrática do Congo”. E complementa que “o continente perde uma média de 18 milhões de dólares por ano como resultado dos conflitos armados”. O narcotráfico também influi nos negócios bélicos da região que, nessa conjuntura, se torna extremamente rentável, em contraste a toda pobreza e condições sub-humanas as quais o povo está submetido. Slavoj Zizek, filósofo esloveno, disse em artigo republicado na agência Carta Maior, em relação à exploração dos minérios e à indústria bélica, que “de acordo com essa investigação (da ONU em 2001), a exploração dos recursos naturais no Congo pelos senhores da guerra locais e por exércitos estrangeiros era ‘sistemática e sistêmica’. O exército de Ruanda fez no mínimo 250 milhões de dólares em 18 meses, vendendo coltan, que é usado para fazer celulares e laptops. A investigação concluiu que a guerra civil permanente e a desintegração do Congo ‘criaram uma situação em que todos os beligerantes ganham. O único a perder nesse negócio monumental é o povo congolês’. Por trás da fachada de uma guerra étnica, discernimos então os contornos do capitalismo global”. A indústria bélica prolifera, sobretudo a de armas de pequeno porte, irradia a morte segundo seus interesses, de maneira genocida, nas periferias das grandes potências. Crianças, vítimas dos conflitos Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aproximadamente 1,9 milhão de pessoas no país – metade crianças – continuam morando longe de suas casas após terem sido desalojadas em decorrência de conflitos armados. A ausência de fundos dificultaria a assistência aos desabrigados. Para alcançar as necessidades humanitárias dos que precisam de ajuda neste ano, o UNICEF requisitou 133 milhões de dólares, mas apenas pouco mais de 20 milhões de dólares foram recebidos até agora. Segundo o Fundo, uma campanha de vacinação alcançou mais de 400 mil pessoas, incluindo 85 mil crianças até cinco anos de idade e quase 43 mil mulheres grávidas na região leste da RDC, onde o conflito se iniciou há mais de uma década. Entretanto, a falta de fundos dificultou a imunização de mais 80 mil crianças até um ano de idade e de mais de 16 mil grávidas. De acordo com agências humanitárias da ONU, civis tem sido alvos frequentes de ataques, estupros e recrutamentos para grupos armados por parte de combatentes. Mulheres e crianças, as mais vulneráveis e atingidas pelas guerras Os que mais sofrem com todos esses conflitos são as mulheres e as crianças, aquelas violentadas sexualmente mediante as mais cruéis circunstâncias, dentre outras atrocidades a que estão subordinadas, e estas exploradas como mão-de-obra barata sem ter a menor noção do porquê de toda essa situação. A organização britânica Save the Children afirmou em reportagem da BBC Brasil que “houve um aumento acentuado no número de crianças sendo sequestradas para lutar ao lado dos rebeldes. Antes da atual onda de violência, havia cerca de 3 mil crianças-soldado no país”. A Human Rights Watch informou no dia 29 de abril de 2009 que “das 91 mulheres e meninas que se sabe terem sido vítimas de violência sexual nos últimos meses, pelo menos 56 relataram que eram estupradas pelos soldados governamentais. As vítimas muitas vezes tem sido acusadas de serem esposas dos combatentes da FDLR (Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda). As tropas do governo, indisciplinadas e não remuneradas, tem pilhado e queimado centenas de casas, detido arbitrariamente civis, desrespeitado culturas locais e saqueado os seus bens”. As condições das mulheres são ilustradas pelo relato de Eve Ensler, ativista e autora da peça Monólogos da Vagina – traduzida para mais de 45 línguas e exibida em teatros em todo o mundo – no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2007, registrado anteriormente também no Fazendo Media: “A situação não é mais do que um feminicídio e temos que a reconhecer e analisar tal como é. É um estado de emergência. As mulheres são violadas e assassinadas a toda a hora (…) No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais, dos meios de comunicação… a indiferença total do mundo perante tal extermínio”.

Conheça um pouco mais sobre a Rússia

Síntese do momento histórico vivido pela sociedade soviética nos anos 20. 1. Da Revolução de 1917 ao Primeiro Plano Qüinqüenal Com a queda do tsarismo e da monarquia constitucional, implantou-se na Rússia uma república liberal burguesa que se manteve no poder durante poucos meses. Foram derrubados pelo partido bolchevique, que erigiu o Estado socialista. Hino Soviético A. Fatores que contribuíram para a derrubada do Tsarismo. Decomposição do regime tsarista - bases: compressão das nacionalidades oprimidas, domínio de uma aristocracia pouco numerosa. – derrota na guerra com o Japão e revolução de 1905 – repressão vigorosa com auxílio financeiro da França. – política de russificação do ìmpério -> governo, igreja ortodoxa e exército – agravamento dos conflitos internos: surgem partidos nacionalistas e tendências separatistas. – camponeses – anseiam por terras. – desenvolvimento da grande ìndústria – formação de uma classe operária numerosa e miserável, concentrada em áreas industriais – aparecimento de uma consciência de classe. – burguesia – relativamente pouco numerosa – descontente com a corrupção e a incapacidade de uma administração que ignorava os seus interesses e entravava seu desenvolvimento. – conflitos externos aliados a desorganização da economia – aumento dos conflitos entre camponeses e proprietários, operários e burgueses, soldados e oficiais. – Revolução – basicamente empreendida pelos operários e soldados, que derrubam o império tsarista quase sem resistências: o tzar é abandonado pela maioria das pessoas que antes o apoiavam. – constitui-se espontaneamente um Soviete de operários e soldados, cujo comitê executivo é presidido por um menchevique e por Kerenski, um social-revolucionário. A Duma institui um governo provisório. – Regime dualista: Governo provisório "legal" (burguesia liberal) X Sovietes, que exercem pressão sobre aquele governo e que se multiplicam cada vez mais. Reformas do Governo Provisório – liberdades clássicas, independência da igreja ortodoxa, júri nos tribunais, conselhos administrativos locais eleitos por sufrágio universal, dia de trabalho de oito horas; apela-se ao espírito da "Rússia una e indivisível", só a Polônia é reconhecida independente; prossegue a guerra, adiamento da reforma agrária e aproximação das antigas classes dirigentes. – Situação favorece o partido bolchevique – programa radical: paz, liberdade das nacionalidades, expropriação dos proprietários agrícolas, nacionalização dos bancos e das grandes empresas, controle operário sobre a produção – programa popular que derruba o governo Kerenski, abandonado por seus partidários. B. Primeiros anos do governo bolchevique. Reagrupamento dos opositores: governo provisório, socialistas, cadetes, oficiais. Comitê de Salvação da Pátria e da Revolução e comitês análogos – recusam reconhecer o governo de Lênin. – desordem geral – o novo governo vê-se impossibilitado de agir concretamente, mas toma medidas enérgicas de suma importância: apelo aos beligerantes por uma paz imediata, distribuição das terras aos camponeses, proclamação da "Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia"(Stalin), fusão dos Sovietes de camponeses com os de operários e soldados, dissolução da Assembléia Constituinte. – julho da 1918 – 50 Congresso Geral dos Sovietes – elaboração de uma Constituição que regulariza o sistema em vigor há alguns meses e que favorece o proletariado, principal apoio do regime. – Poder – constitui-se de uma série de conselhos sobrepostos, formando uma pirâmide, cuja base é composta pelos sovietes da cidade ou da aldeia, únicos eleitos por sufrágio direto; no topo: o Congresso Pan-Russo dos Sovietes elege o Comitê Nacional Executivo, que designa o Conselho dos Comissários do Povo; este, por sua vez, recebe o poder executivo, formando a “República dos Sovietes dos Deputados Operários, Camponeses e Soldados“. B.1 Guerra civil e intervenção estrangeira. Comissários do povo – lutam em duas frentes: 1. imensas dificuldades materiais (desorganização e ruína da economia, decomposição do aparelho governamental e administrativo, oposição surda das antigas classes dirigentes e dos antigos quadros sociais); 2. guerra civil com pessoal armado, apoiado pelos antigos Aliados, e guerra com o estrangeiro. – Disposição do novo governo em assinar a paz – antigos países aliados (Inglaterra, França, Itália, Estados Unidos) – atitude hostil. - Impérios Centrais Europa (Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia, Bulgária) – Paz da Brest-Litovsk (assinatura pelo governo soviético de armistício separado com a Alemanha em 1918) – tira à Russia suas terras mais povoadas e mais ricas – alemães ocupam a Ucrânia e apoiam o governo separatista de Skoropadski – tropas auxiliam o general Mannerheim a sufocar o governo bolchevique estabelecido na Finlândia e socorrem o governo menchevique da Geórgia – turcos se instalam no Cáucaso a em Bakú, conquistam o Adzerbaidjão e atingem com propaganda anti-soviética o Turquestão e a Criméia – conseguem separar da Rússia uma faixa de território que vai da Finlândia ao Bar Cáspio, terras gue dispõem das melhores terras, das minas mais ricas, das indústrias e do petróleo da velha Rússia. – Antigos aliados – denunciam a "traição" e tentam restabelecer na Rússia um governo que volte a atuar na frente de batalha ao seu lado. Inicia-se uma política intervencionista que, após a derrota da Alemanha, transforma-se em guerra direta, com o desembarque de tropas aliadas am território russo, para auxiliar "russos brancos", socialistas-revolucionários e mancheviques em missões militares ou através de remessas de armas, equipamento e dinheiro. – Intervenções Britânicos instalam-se no Cáspio (Achkabad e Merv); tropas desembarcam no norte (Murmansk a Arcângel); a leste tropas japonesas desembarcam em Vladivostok; organiza-se um exército anti-bolchevigue no território dos cossacos do Don sob o comando de Kornilov e depois Alexeiev; forma-se um governo "branco" em Arcangel; em Omsk cria-se um governo socialista-revolucionário. Com o final da I Guerra – tropas francesas desembarcam em Odessa, e em dezembro de 1918 soldados franceses, poloneses e gregos ocupam 150 km do Mar Negro. Oficiais da Sibéria derrubam o governo de Omsk e proclamam o almirante Koltchak "chefe supremo da Rússia" – unifica-se a luta contra os bolcheviques. Denikin, sucessor de Alexeiev, reconhece Koltchak. Plano de ação dos aliados – realizar simultaneamente um cerco econômico aos bolcheviques e restabelecer a ordem através dos anti-bolchevigues russos. 1919 – Koltchak, aconselhado pelos generais Janin e Knox, obriga os bolcheviques a uma retirada em direção ao Volga; General Yudenitch apodera-se de Pskov e atinge as margens de Petrogrado; Denikin ameaça Moscou, mas, abandonado pelos cossacos, é rechaçado pela recém formada Cavalaria Vermelha; estonianos igualmente abandonam Yudanitch. 1920 – retirada geral. Tropaa de Koltchak fogem para a Sibéria, onde este é fuzilado. Denikin, substituido por Wrangel, foge para a Criméia. A Polônia desencadeia uma ofensiva na Ucrânia, apodera-se de Kiev; seu exército, porém, á repelido e vê-se invadida, Varsóvia é ameaçada, mas é salva graças a uma contra ofensiva em junho. 1821 – Fim da guerra civil e da guerra contra o estrangeiro. Os exércitos brancos são destruídos ou expulsos; a república menchevique da Geórgia cai. 1922 – Japoneses, sob pressão britânica a americana, deixam a região da Vladivostok e o governo branco da República do Extremo Oriente desmorona-se, o território sendo reintegrado na unidade russa. B.2 Causas da derrota dos aliados e russos brancos. Aliados: – Objetivo dos aliados – contraditórios. Presidente Wilson – contra qualquer ato que ameaçasse a integridade da Rússia. – Motins e deserções entre as tropas cansadas. – operários franceses e britânicos – francamente contrários a tal política. A intervenção prolongou a guerra civil, agravou a anarquia administrativa, mergulhou o país,principalmente a Ucrânia e a Sibéria, no caos. O país foi assaltado por pilhagens, chacinas, miséria, acumulando ruínas por todo o território. – Vencidos – maioria foge para o exterior: aristocratas, oficiais, industriais e comerciantes, representantes das classes liberais, intelectuais e socialistas-revolucionários. – Governo -Isolado pela nova estrutura social e pelo bloqueio, rodeado de inimigos implacáveis, encontra muita dificuldade em restaurar a economia do país. C. Comunismo de Guerra e N E.P. – O regime bolchevique necessitou dez anos para passar do capitalismo ao socialismo. Antigas classes dirigentes – grande parte havia desaparecido e os que restavam tinham perdido o poder econômicoe político. Terras, fábricas e todo o capital estrangeiro haviam sido confiscados. For outro lado, a Rússia era industrialmente o país mais atrasado de toda a Europa e a população agrícola representava ainda 80% do total. A classe operária, esteio do partido, era minoria. – Primeiros meses da revolução – medidas adotadas – preconizadas pelos burgueses radicais. Regime transitório – deveria conduzir ao socialismo (Para Lenin só uma revolução de toda a Europa permitiria à Rússìa transformar o regime de capitalista em socialista). – Política de Lenin – cooperação das classes possuidoras, dos antigos funcionários, dos técnicos burgueses – por outro lado, todo o estado maior econômico e a maior parte da intelligêntsia boicotavam o regime. – Medidas adotadas nas primeiras semanas da Revolução: obrigação do trabalho para todos os cidadãos ("quem não trabalha não come"); controle operário sobre a indústria; nacionalização dos bancos, do solo, do comércio externo; organização de cooperativaa de consumo; confisco sem indenização dos grandes domínios; abolição do direito de propriedade territorial, transferido para o Estado, com usufruto da terra pelos que dela cuidam com suas próprias mãos e proibição de qualquer trabalho agrícola assalariado; divisão da terra – a cargo de comitês agrários, formados por pequenos e médios camponeses. – Medidas encontram dificuldades para serem implantadas – descalabro da aparelhagem, mau estado dos transportes, o que dificultava uma exploração racional e ordenada; problemas com o abastecimento das populações citadinas e de soldados – com isso, o governo via-se obrigado a requisitar gêneros do campo: não havia mais a máquina de cobrança de impostos, e as terras divididas haviam retirado do mercado 3/4 da produção do trigo. A produção industrial recuara sensivelmente – o número da operários ativos diminuiu drasticamente: a maioria morre na guerra, ou é requisitada para o trabalho na máquina administrativa, ou emigra para o campo. C.1 Comunismo da guerra. – Objetivo – "estrita regulamentação do consumo e da produção num país cercado". – Medidas – expropriação completa da grande indústria e da maior parte das pequenas e médias empresas; controle operário substituído pela gestão operária; nas empresas – diretor nomeado pelos sindicatos, assistido por um conselho operário eleito; produção de cada ramo da indústria regulamentada pelas direções centrais; monopólio dos cereais pelo Estado; comitês de camponeses pobres encarregados de combater a influência política dos cultivadores abastados, confiscar os estoques dos camponeses ricos, distribuir sementes e equipamentos, fixar preços e salários, fiscalizar cooperativas e mercados; organizam-se as propriedades agrícolas coletivas, de produção e consumo, completa ou parcialmente coletivizadas. – Guerra – arruinara as terras mais ricas – é necessário retirar gêneros dos excedentes dos camponeses médios e pobres e diminuir suas provisõss familiares, o que causa descontentamento, levantes contra as requisições, isolamento voluntário do campesinato, que se recusa a produzìr mais do que exige seu consumo pessoal, mesmo porque não é possível encontrar os objetos manufaturados, petróleo e sabão de que precisam – hostilidade. – Inflação violenta – os salários são pagos em gêneros, e a moeda, cujo valor se enfraquece cada vez mais, tende a desaparecer. – Economia soviética – torna-se uma economia natural, resultado da desintegração da sociedade, da destruição e desorganização das forças produtivas, da extrema raridade dos produtos e de mão de obra. Surge uma ruptura perigosa entre o campo e as cidades, e o governo decide abandonar o comunismo de guerra. C.2 N.E.P. – Fim da guerra civil – recorre-se à iniciativa privada com o objetivo de reconstruir a economia; requisições – substituídas pelos impostos em gêneros; incentiva-se o renascimento da uma pequena indústria, necessária para que os camponeses possam desenvolver sua produção; institui-se um sistema de economia mista, onde o Estado retém nas mãos um poderoso setor aocializado, que compreende os meios de transporte, o crédito, o comércio externo e a grande e média indústrias; o setor industrial livre é bem reduzido. – N E.P. – entra em vigor em março de 1921 – representa em essência uma concessão aos camponeses e aos produtores, para que estes entrem no mercado e colaborem na reconstrução do país. – Impostos – atenuados: após seu pagamento o camponês pode vender livremente no mercado o resto da colheita. – volta-se à economia monetária: abolidas as trocas diretas obrigatórias e os pequenos artesãos podem dispor lívremente do produto de seu trabalho; Banco do Estado – restabelece as contas correntes; suprimem-se todas as limitações à posse de dinheiro; propriedade – transmissível aos herdeiros; venda de parcelas da terra – proibida, aluguel – possível; autoriza-se o emprego de trabalhadores assalariadoa. 1924 – imposto em gêneros é substituído pelo imposto em dinheiro e consegue-se deter a inflação mediante a emissão de uma moeda nova, o tchervonetz. – Código de Trabalho de 1922 – já não se baseia na obrigação do trabalho; volta a certas concepções de economia capitalista, contrato de trabalho – contrato da venda de força de trabalho e salários fixados pelos contratos coletivos firmados entre sindicatos e empregadores; para proteger o operário, o Código estipula o trabalho por unidades produzidas. – Maior novidade da Nep – esforço para aumentar a produção de bens de consumo e desenvolver ”a independência e a iniciativa" das empresas estatais, de forma a torná-las responsáveis pela sua própria gestão e assegurar o funcionamento dos seus próprios recursos; prevê o agrupamento destas empresas em uniões (trustes). O truste de Estado, assim, torna-se a principal forma de organização da indústria soviética. – Produção da agricultura eleva-se rapidamente. O mujique, incentivado com o reaparecimento do comércio particular, volta a trabalhar suas terras. A Nep devolve-lhe a possibilidade de vendar seus produtos a preço elevado e o Código Rural de 1922 garante-lhe a posse da terra. Progressos no sentido do restabelecimento da moeda estável protegem-no contra o retorno da inflação, de que fora a principal vítima. 1922 – ótima colheita – o que permite reiniciar uma modesta exportação. – Indústria – a grande procura de produtos de consumo, o renascimento do comércio particular e a economia do lucro, estimulam a indústria de bens de consumo, mas a indústria pesada continua paralisada. A produção sobe, mas permanece em atraso. A Nep não realiza, a favor do operário, concessões comparáveis às de que se beneficia o camponês Os novos métodos de contabilidade impostos à indústria e a obrigação em que se acham as empresas de se bastarem a si próprias, privam-nas dos créditos do Estado, enquanto a necessidade de pagar os salários em gêneros, compele-as a liquidar seus estoques em 1921 a preços inferiores ao da produção. Sobe a taxa de desemprego. – Nos campos assiste-se a uma acelerada diferenciação entre camponeses ricos (kulaks) e pobres (bedniaki). Os kulaks são incentivados e muitos dos camponeses pobres vêem-se obrigados a alugar terras e braços aos mais ricos, outros emigram para as cidades, engrossando o número de desocupados. – Na indústria, a necessidade de produzir com eficiência obriga a transferir a direção para "especialistas", pertencentes às antigas classes dirigentes, que dispõem de largos poderes sobre os salários, a admissão a a dispensa de operários. – Comércio interno – trustes e cooperativas realizam a compra das matérias-primas de que necessitam e a distribuição de seus produtos. O comércio é livre e retorna às mãos dos antigos homens de negócios bem como de alguns estrangeiros, especuladores e aventureiros que se tornam indispensáveis e se infiltram nas cooperativas, algumas das quais se convertem em simples empresas privadas. Nepmen – gastam sem olhar as despesas e acumulam fortunas consideráveis. Moscou recupera seu aspecto de antes da guerra, com suas boates, cafés-concerto, casas de jogo, prostitutas, choferes de táxi e criados de café, que saúdam novamente seus clientes pelo título de barine (mesmo termo de saudação aos senhores de terra usado pelos servos). – Crìse das tesouras – tensão entre indústria e comércio agrava-se no verão de 1923. Disparidade entre preços agrícolas e industriaìs aumenta cada vez mais. Os armazens estão abarrotados e a colheita deixa importante excadente de produtos agrícolas. Assim, a crise é causada pela impossibilidade de garantir a troca dos produtos industriais e agrícolas. Os camponeses não podem comprar artigos industriais por serem muito caros. De outro lado, os operários em dificuldade manifestam-se através de greves espontâneas no setor da indústria pesada. Torna-se necessário restabelecer o controle da preços por atacado e, principalmente, os de varejo, que não eram fiscalizados, pois estes ramos encontravam-se nas mãos do comércio privado, além do que era preciso diminuir o número de intermediários. Milhares de nepmen são presos ou expulsos de Moscou. A crise atenua-se no final de 1923. Ocorre ótima colheita e uma grande exportação, o que determina a alta dos preços agrícolas no momento em que a contração do crédito e as medidaa oficiais de controle dos preços acarretam a baixa dos preços industriais, ainda que a produção deste setor da economia seja bem pequeno. Anos seguintes – crise da abastecimento – a população aumenta significativamente, mas a produção agrícola atinge níveis inferiores à demanda: os cereais rendem relativamante pouco, e os camponesas deixam de investir no produto. Nep – incapaz da desenvolver as formas produtivas da agricultura. O país acha-se à beira da fome. Agrava-se o processo de diferenciação social e os camponeses abastados alugam, cada vez mais, terras e mão de obra, concentrando nas suas mãos a utilização do solo e dos meios de produção. Assim, vai se formando uma burguesia rural que, pelos seus interesses econômicos e tendências ideológicas, á um perigo para o regime. A política de conciliação com os camponeses promovida pelo governo à época da Nep levou a um aumento constante no preço do trigo, dificultando a vida da população urbana, o orçamento e,consequentemente, a industrialização do país. A penúria de mercadorias agrava-se cada vez mais; os preços de custo são muito elevados (desgaste de material, desperdício de matérias primas, despesas administrativas); a racionalização não é suficiente"; desenvolve-se o desemprego; o Estado não consegue realizar os investimentos necessários e só consegue cobrir os déficits mediante a emissão de empréstimos a juros elevadíssimos, cobertos pelos kulaks. – Política externa – A Nep caracteriza-se pelas negociações comerciais com a Inglaterra, em 1920-21, pelo tratado de Rapallo, de 1922, que quebrou o bloqueio em torno da Rússia, bem como pelos tratados de amizade e de neutralidade firmados com os países vizinhos, e pela participação em conferências internacionais. No entanto, nada disso quebrou a hostilidade contra o país; na prática a URSS continuou isolada. – Interregno – fase intermediária 1923-1929 – doença de Lenin – prepara-se o que Stalin chama de "socialismo num só país". – 1927 - rompimento de relações diplomáticas com a Grã-Bretanha. Stalin declara que "a principal questão de hoje é a ameaça de nova guerra imperialista...a coexistência pacíifica entre a URSS e os países capitalistas, que existia até agora, já pertence ao passado”. – Resumo – A NEP permitira reorganizar a agricultura, reconciliar os camponeses com o regime, colocar novamente em funcionamento parte da indústria; suscitara, porém, a reconstituição de uma classe rural abastada e de uma burguesia, composta em parte por membros das antigas classes dirigentes, cujo papel na vida econômica se tornava cada vez mais essencial. Não só o socialismo ainda não estava consolidado, como se esboçava uma contra ofensiva do regime destruído, enquanto a classe operária, que fizera a revolução e constituía seu melhor defensor, era, de longe, a menos favorecida pelo sistema econômico; finalmente a indústria pesada, condição necessária à edificação de uma sociedade socialista independente e próspera, não podia, dentro do quadro da NEP, progredir da forma apreciável e rápida, sobretudo com a falta da capitais. – Impasse – surto da agricultura havia sido detido pelo fracionamento das terras e pela ausência de instrumental moderno. Faltam produtos agrícolas e industriais no mercado interno; a queda das exportações ameaça restringir as importações das matérias-primas indispensáveis, a tensão entre a cidade e o campo agrava-se; a Rússia não consegue fornecer, ela mesma, os capitais necessários ao desenvolvimento de sua economia. O regime soviético, se não queria ver-se na contingência de reintroduzir uma ordem puramente capitalista e, por conseguinte, a desaparecer, deveria abandonar a NEP. Tais considerações de política interna e externa ditam, pois, a alteração decidida pelo 15o. Congresso do Partido Communista, quando este adota o primeìro Plano Qüinqüenal. D. O primeiro plano qüinqüenal. Impasse criado pela NEP – desde antes da adoção da Nep, e mesmo durante sua execução, vários e minuciosos estudos vinham sendo realizados visando a industrialização e a coletivização do país. Assim, havia sido constituída uma documentação estatística; programas econômicos foram elaborados para determinados ramos da indústria; uma Comissão Pan-Russa de eletrificação (Goelro-1920) a uma Comissã do Conselho de Trabalho e da Defesa (Gosplan-1921) foram encarregadas de preparar um plano único de conjunto. A Nep apenas adiou toda a planificação. – 1928-1929 – O Partido Comunista elabora um programa: para garantir a independência = edificar uma poderosa indústria, principalmente siderúrgica = mecanização da agricultura = produção maior, mão de obra menos numerosa com o excedente absorvido pelas fábricas = elavação do padrão de vida das massas camponesas e urbanas = diferenças entre cidade e campo atenuadas = homem – senhor da produção ao invés de submeter-se às leis do mercado. – Novembro de 1929 – "O ano da grande crise" – Stalin mostra-se hostil à pequena economia camponesa e justifica a industrialização e a experiência de planificação: "criar no quadro de uma nação e à escala de um continente, novas forças de economia". – Primeiro Plano Qüinqüenal – Objetivos – integrar todas as atividadas industriais no plano; concentrar o esforço nos setores que determinam os outros: energia, indústria pesada e indústria de bens de produção que, ulteriormente, permitiriam aumentar com rapidez os bens de consumo, relegando para segundo plano o desenvolvimento do bem estar da população. – Dificuldades: falta de capitais e recusa do mundo capitalista em conceder créditos impossibilitam as importações maciças de equipamentos. Foi preciso buscar os meios indispensáveis à construção de uma indústria poderosa exclusivamente nos recursos internos e operar a transformação da economia numa verdadeira autarcia (princípio de auto-suficiência econômica). Ao mesmo tampo era necessário uma industrialização rápida e a coletivização agrícola, ou seja, uma profunda revolução social. – Realização do plano – desigual e incompleta, marcada por choques e percalços imprevistos, decorrentes de colheitas infelizes e da crise mundial que reduziu o volume e o valor do comércio externo a um nível baixíssimo. A insuficiência de mão de obra e de meios de transporte agravaram as dificuldades. No primeiro ano de implantação do plano, os resultados foram otimistas, tanto que se quis acelerar seu ritmo de execução, porém, isto foi deixado da lado em face do descontentamento causado pela aceleração da coletivização da agricultura e pela baixa de padrão de vida que o esforço exigia.

República Democrática do Congo I e II

 A República Democrática do Congo, o antigo Zaire é o 3º produtor mundial de diamantes e possui reservas de cobalto, cobre e petróleo.  Fornecedor de Matérias -primas para o s países industrializados;  Dependente do comércio exterior;  Situa-se no centro-sul do Continente Africano, em área montanhosa e vulcânica;  Dos lagos tectônicos destaca-se o Tanganica.  As florestas tropicais cobrem metade do território, a outra parte constitui-se de savanas.  É banhado pela bacia hidrográfica do rio Congo e sua vasta floresta equatorial (Floresta do Congo), recebendo águas do sistema Luapula-Luvua, vindos da região norte de Zâmbia, onde localiza-se sua real nascente no Rio Chambeshi; e outras águas oriundas do Lago Tanganica pelo Rio Lukuga a leste. Contornando a enorme planície congolesa para oeste e novamente para sul e sudoeste, fazendo fronteira com a República do Congo, recebendo águas dos seus outros grandes afluentes como os rios Ubangi e Cassai, desaguando no Oceano Atlântico na fronteira do país com Angola.  Seu clima é predominantemente equatorial, quente e úmido, com chuvas frequentes quase o ano todo por conta da alta umidade da floresta densa e grande número de rios perenes.  Principais produtos agrícolas: café, óleo de palma, palmito, látex, cana-de-açúcar, cacau, chá, pluma e caroço de algodão.  A agricultura é extensiva, intinerante, com queimadas e esgotamentos do solo.  Há grandes reservas minerais, porém não há capital para sua exploração.  Tem um dos maiores potenciais hidrelétricos do mundo, mas pouca potência instalada;  Falta de mão-de-obra especializada;  Deficiente rede de transporte dificultando a distribuição.  Conflitos e Guerras Civis: Apesar da promessa de democracia, um dos primeiros atos do novo presidente é a suspensão dos partidos e a proibição de manifestações políticas. As medidas autoritárias e o rompimento de Kabila com Ruanda e Uganda provocam insatisfação popular, sobretudo dos antigos aliados, os tutsis baniamulenges

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Maria Rosa

Há o tempo certo... De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: - Mas qual é esse tempo certo? Bom, basta observar os sinais. Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, Pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso! Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento. Desejamos a você e sua família muito sucesso e nos colocamos a disposição para juntos desempenharmos um Excelente Trabalho em prol dos Alunos. Sejam bem vindos!

Uma palavra amiga

Edneia... Queremos dizer muito obrigado pelo trabalho desempenhado. Pelo apoio recebido... Pelo estimulo de cada dia! E queremos dizer que... Bons momentos não esqueceremos... Estaremos sempre orando por ti... Para que continue vencendo novos desafios e semeando sorrisos por onde passares. Muito Sucesso ao longo de seu novo Caminho. São os votos de professores, alunos e funcionários.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Augusto cury - A educação

O melhor vídeo de motivação a liderança

O melhor vídeo de motivação a liderança

Como Estudar

A importância dos hábitos de estudo

Boas Vindas

Prezado Aluno Todos nós estamos em uma jornada através da vida. É uma mudança constante, e isso não é uma questão de escolha. O tempo não para, e a vida segue seu curso independentemente de nossa vontade. A questão é: Para onde a sua vida está indo? Isso sim – o seu destino –, é uma questão de escolha. Depende só de você. A situação é como se você estivesse a bordo de um navio do qual você tem o controle de direção, mas não do motor. Portanto, para começarmos a definir essa direção, iniciamos falando de sonhos. Eles são as ferramentas que temos para escolher e visualizar nosso futuro, são parte do nosso “simulador” de destino. Sonhos são essenciais para o sucesso! Qual é o seu sonho? No meu caso, no início, em Bauru, SP, eu tinha muitas dificuldades e um sonho: voar. Minha vida foi construída sobre esse sonho. Trabalhei duro com tijolos de educação e cimento de determinação. Comecei aos 14 anos. Fui eletricista, engenheiro e piloto militar. Ao saber do concurso público para astronauta, feito pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em 1998, agarrei-me àquela chance. Após ser selecionado, naquele mesmo ano, tive que deixar as funções na Força Aérea, sacrificando minha carreira militar, para poder cumprir a minha nova missão para o país, agora junto ao programa espacial. Dediquei-me exclusivamente às funções civis de astronauta e mantenho-me até hoje à disposição da AEB para outros voos espaciais para o país. Depois de oito anos de dedicação, dificuldades, estudo e trabalho, realizei a primeira missão espacial tripulada da história do Brasil em março de 2006. O livro “Missão Cumprida. A história completa da primeira missão espacial brasileira”, lançado pela Editora McHilliard, traz cada detalhe, pensamento e emoção dessa trajetória. Eu estudei, trabalhei, persisti e sempre fiz mais do que esperavam de mim; lutei e suei muito. Assim conquistei o sucesso, e com ele, tudo o que eu queria da vida! E você? O que você quer da vida? A maioria diria: saúde, bons relacionamentos, independência financeira, reconhecimento profissional, possibilidade de fazer o que gostamos, felicidade e paz de espírito. Podemos chamar isso de sucesso? Claro! E é exatamente esse sucesso que eu quero que você também tenha. É isso que objetivo nos meus livros, nas minhas palestras, nas aulas que ministro em universidades e escolas, nas minhas entrevistas, nas atividades da Fundação Astronauta Marcos Pontes em prol da Educação no Brasil, etc. Mas o que VOCÊ pode fazer para garantir O SEU sucesso? Primeiro, coloque na cabeça o seguinte fato: a Educação é o ÚNICO caminho sólido para que você realize TODOS os seus sonhos! Assim como a Física, ela está presente à sua volta, a cada dia da sua vida. Se você ainda não tinha percebido isso, comece a prestar atenção! Acredite, não existem atalhos seguros. Só o conhecimento e a qualificação pessoal e profissional podem garantir o seu sucesso. Esqueça a conversa fiada de “sorte”, “talento”, “loteria”, “ideologias baratas” e outras besteiras que podem desanimá-lo ou distraí-lo do caminho seguro da Educação. O seu objetivo neste instante é: estudar, passar no vestibular, concluir com sucesso um bom curso universitário, ter um diploma, ser um bom profissional e, daqui a alguns anos, poder dizer: “EU consegui! EU sou um profissional! EU sou capaz de cuidar da minha própria vida! EU tenho orgulho das minhas decisões no passado!” Não se deixe levar por “modismo”. Ter “personalidade” não é sair por aí desafiando todo mundo ou usar “piercings” e roupas desleixadas. Isso é simplesmente ser mal-educado e ter “aparência estranha”. É apenas um sinal claro de fraqueza e insegurança. Ter “personalidade” significa fazer a coisa certa, sempre; mesmo que isso algumas vezes pareça “fora da moda” ou “desvantajoso”. Ser inteligente nas suas decisões e escolhas. Pensar no futuro. Saber o que quer. Ser honesto e cordial com todas as outras pessoas. Ajudar, sempre. Ser 100% responsável pelas suas escolhas. Ter coragem perante os desafios. Não ter medo de errar, mas ter a disposição de aprender com os erros. Não reclamar. Não procurar culpados ou desculpas. Encarar os próprios pontos fracos, trabalhar para corrigi-los e aprender com eles. Manter-se firme na sua convicção de fazer cada vez melhor. Aprender um pouco mais a cada dia, a cada instante. Não se omitir, escondendo-se atrás do comportamento ruim de um grupo. Ter opinião própria e expressá-la com coragem. Um exemplo disso é o seu direito de voto. Política é importante! Pense, raciocine! Não adianta fugir dos fatos, usando “frases feitas” geralmente por ignorantes, alienados ou covardes”: “política é sujeira”, “todos os políticos são ladrões”, “eu não quero nem saber disso”, etc. Envolva-se na política! Em vez de reclamar, mostre como deve ser feito. Lembre-se de que aqueles que forem eleitos escreverão as leis que você e eu teremos que cumprir! Sejam esses eleitos corruptos, despreparados ou íntegros e competentes, eles é que determinarão os destinos do NOSSO país. Depois da eleição, não adianta reclamar. Assim, faça a sua parte agora! Não fuja da sua responsabilidade. Você é uma pessoa inteligente, tem estudo e informações à sua disposição. Você tem que ocupar o seu lugar na sociedade como uma pessoa culta e fazer escolhas sensatas. Você pode escolher entre ser representado por políticos desonestos e desqualificados, ou políticos honestos e qualificados. Você tem esse poder nas mãos! Você não é um ignorante que vende o voto por uma esmola! Você não se omite! Você dá exemplo! Portanto, vote direito! Tenha “personalidade”. Votar em branco, nulo ou “voto de protesto” são comportamentos “não inteligentes” típicos de pessoas ignorantes ou omissas (covardes), e você não faz parte desses grupos! Assim, uma vez que espero que você tenha percebido a sua importância como cidadão brasileiro, na nossa busca pelo seu sucesso, partimos de ideias básicas: princípios, valores e missão de vida. Depois prosseguimos na jornada de forma objetiva: com base no seu sonho, defina suas metas, planeje, prepare-se, execute, controle seu projeto e desenvolva a resiliência necessária para suportar e superar todos os desafios da trajetória. Isso tudo exige atitude, conhecimento e determinação. Veja bem, eu já vi muita gente que se arrependeu amargamente por ter escolhido o prazer imediato em detrimento do trabalho para o futuro (exemplo: ir para uma festa, quando deveria estar estudando), ou por ter desistido no meio de um curso. Contudo, eu NUNCA vi ninguém que tenha se arrependido de ter passado no vestibular ou de ter concluído com sucesso um curso. Toda a metodologia de elaboração e execução, com sucesso, de um projeto de vida, de como definir e atingir metas, é descrita com detalhes no meu livro “É Possível! Como transformar seus sonhos em realidade”. Comecei a escrever esse livro nos meus momentos de descanso no espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional. Minha ideia é simples: ajudar outras pessoas, como você, a ter sucesso na vida! É interessante, mas todos têm ideia do que devem fazer, e até de como fazer, em alguns casos, para “chegar lá”. Porém, apenas 3% das pessoas aplica esses conceitos eficiente, no momento, sequência e medida corretos, em todas as áreas de sua vida. Essa minoria é exatamente aquela que tem sucesso! Coincidência? Claro que não! De fato, a maioria das pessoas: - Conhece esses conceitos de maneira desorganizada e distorcida. - Não sabe o que quer do futuro. - Carrega nas costas um fardo de rancores e crenças irreais geradas no passado. - Quer “soluções mágicas”, um tipo de “dieta da moda” que promete resultados enormes e imediatos, tudo sem nenhum esforço. Ter sucesso é um processo estruturado. Não tem nada a ver com sorte. Quer ser parte dos 3% de vencedores? Então dedique-se de verdade, estude, trabalhe, aprenda sempre, persista e sempre faça mais do que esperam de você! Conhecimento tem o poder de ampliar nossa visão e nos capacitar para o sucesso. Aproveite o que a Educação pode fazer por você! Tenha sucesso! Viva feliz! Grande Abraço, Professora Luciane Geografia